Devido a desastres naturais, 49% da população se mudará nos próximos anos


Uma pesquisa do Instituto Ipsos, divulgada nesta terça-feira (21/2), mostrou que 49% dos brasileiros acreditam que precisam mudar de endereço devido às condições climáticas. A análise reflete a tragédia no litoral norte de São Paulo, onde seis municípios estão em estado de calamidade pública devido às fortes chuvas.

A análise foi feita em 34 países, sendo que o Brasil ficou em 3º lugar entre os que possuem áreas de risco para desastres naturais. Prevê-se que ocorram mudanças nos próximos 25 anos devido às mudanças climáticas. No topo do ranking está a Índia, onde 65% das pessoas acham que terão que se mudar devido a mudanças climáticas repentinas.

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Outro dado importante é que 71% dos brasileiros que responderam à pesquisa disseram que teriam que se mudar nos próximos 10 anos devido às localidades que ocupam.

Além disso, 63% dos entrevistados brasileiros disseram que as mudanças climáticas já causaram sérios efeitos na região onde vivem. A média global é de 56%. Nesse modo, onde mais pessoas disseram que os desastres naturais tiveram um efeito severo em suas casas, o primeiro lugar foi o México, que registrou uma taxa de 75%.

A pesquisa Climate Change: Impact Severity and Displacement Expectations foi realizada pela Ipsos entre julho e agosto de 2022, com 23.507 entrevistados em 34 países.

São eles: África do Sul, Alemanha, Austrália, Argentina, Arábia Saudita, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Holanda, Hungria, Índia, Indonésia, Irlanda, Itália, Japão, Malásia, México, Peru, Polônia, Portugal, Romênia, Suécia, Suíça, Tailândia e Turquia.

chove em São Paulo

Desde sábado (18/2), a situação em pelo menos seis municípios paulistas preocupa o Brasil e o mundo. Depois que fortes chuvas atingiram o litoral norte de São Paulo, o governo do estado confirmou 44 mortos e 49 desaparecidos. Até esta terça-feira (21/2), apenas sete corpos haviam sido identificados e liberados, sendo três deles crianças.

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Segundo o governo, existem 1.730 deslocados internos e 766 pessoas desabrigadas em todo o estado. As cidades de São Sebastião, Ubatuba, Caraguatatuba, Ilha Bela, Bertioga e Guarujá foram afetadas pela chuva. Todos declararam estado de calamidade.

Para tentar localizar os sobreviventes, equipes municipais, estaduais e federais realizam operações de resgate e salvamento desde a madrugada deste domingo (19/02). No total, a força-tarefa envolve mais de 600 homens e mulheres.

Com pás e enxadas, as tropas reviram a lama em busca de vítimas. Os navios são usados ​​para transportar colchões e suprimentos para os encalhados. No céu, 14 e helicópteros do exército transportam tropas para locais de difícil acesso, ajudam os feridos e removem os corpos.

O que causou o fenômeno

A forte chuva que atingiu o litoral paulista superou as previsões e o alerta da Proteção Civil. Ana Ávila, meteorologista do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que o fenômeno climático foi causado por alguns fatores que ocorreram simultaneamente.

“Tivemos uma frente fria que chegou do sul do país e chegou com muita intensidade, acompanhada de uma massa de ar mais fria. Houve um encontro dessa frente fria vinda do sul com o transporte de calor e umidade vindo do norte do país”, conta Ana.

O encontro da frente fria de sul com o calor de norte ocorreu numa zona de instabilidade. “Havia um centro de baixa pressão na região. Esse transporte de ar mais quente e úmido tem favorecido essa grande concentração de nuvens e essa chuva forte”, diz o especialista.

Segundo o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), em 24 horas, entre 9h de sábado (18/2) e 9h de domingo (19/2), choveu 680 mm em Bertioga; 626mm em San Sebastiano; 388 mm no Guarujá; 337mm em Ilhabela; 335mm em Ubatuba; 234 mm em Caraguatatuba; 225mm Santos; 203 mm na Praia Grande e 186 mm em São Vicente.

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