Todo mundo sabe que gastar mais do que ganha é ruim. E para sair das dívidas, você precisa apertar o orçamento, priorizar. Isso vale tanto para as pessoas em casa quanto para as contas oficiais do país, que a equipe econômica está tentando tirar do vermelho.
A regra atual, o teto de gastos, limita os aumentos de gastos à taxa de inflação do ano anterior. É essa regra que está sendo reformada, por não ser considerada eficiente, além de ter sido desconsiderada nos últimos anos.
A equipe econômica já detalhou os três principais objetivos: estabilizar a dívida pública, que deve fechar o ano em R$ 100 bilhões, equilibrar as contas e aumentar o investimento em setores como educação, saúde e habitação.
As reuniões aconteceram no Palazzo Planalto. Os detalhes estão sendo mantidos em sigilo, até porque não há consenso entre os ministros e o presidente Lula ainda não bateu o martelo. E enquanto a equipe econômica marca uma nova reunião para segunda-feira, outra frente do governo trabalha lá no Congresso para garantir a rápida aprovação da proposta.
Arthur Lira, o prefeito, indicará o relator do projeto.
Nos bastidores, Lira, que se comprometeu a ajudar Lula com a proposta, enfrenta uma situação difícil. Ele havia prometido relator ao deputado Mendonça Filho, da União Brasil, mas o partido não está 100% fechado com o governo.
Agora a saída deve ser um nome próprio do partido da lira, os progressistas. Um dos citados é Aguinaldo Ribeiro, ex-relator da reforma tributária.
Se Lula der sinal verde na segunda-feira, o ministro da Fazenda revelará os detalhes da nova regra tributária antes da viagem do presidente à China no dia 24.