Governo de São Paulo prepara 6 leilões de rodovias –


A partir de março, o governo paulista pretende lançar a agenda de privatizações. Até 2026, equipe de Tarcísio de Freitas pretende fazer mais seis concessões rodoviárias. Ao todo, os contratos podem gerar cerca de R$ 32 bilhões em novos investimentos rodoviários. A informação é do secretário de Parcerias de Investimentos, Rafael Benini, publicada nesta quarta-feira, 22, pelo jornal Valor Econômico.

Na lista de projetos em estudo, retomam o concurso público para o loteamento Litoral Paulista, na forma de Parceria Público Privada (PPP); viabilizar o projeto do túnel Santos-Guarujá; e transformar duas concessões que vencerão em mais quatro leilões, unindo os trechos rebaixados a rodovias estaduais.

No caso do Litoral Paulista, a ideia é lançar o edital em meados deste ano, para realização do leilão em 2023. O lote, que envolveu investimentos de R$ 3 bilhões, tem 222 quilômetros, com trechos de Mogi – Bertioga (de Arujá a Bertioga) e a SP-055 (de Bertioga a Miracatu, no litoral sul), passando por Santos, Praia Grande e Peruíbe. Durante o feriado de carnaval, as fortes chuvas causaram grandes danos e bloqueios em ambas as rodovias.

Em 2024, o governo do estado planeja lançar mais dois empreendimentos, a partir da reoferta da ViaOeste. A atual concessão da CCR administra o sistema Castello-Raposo e vence em fevereiro do ano que vem.

A ideia é dividir a operação em dois blocos, que podem ser combinados com outros trechos rodoviários para atrair investimentos para regiões menos rentáveis.

O mesmo formato deve ser adotado com a Renovias, cujo contrato termina em outubro de 2024. A concessão administra 346 quilômetros de rodovias entre Campinas e o sul de Minas Gerais e é controlada pela CCR e pela Encalso. O plano é também juntar à rede com mais troços, obtendo dois lotes, que poderão ser leiloados entre 2025 e 2026.

Outra concessão que o governo paulista pretende fazer é a construção de um túnel subaquático entre Santos e Guarujá. A ideia é manter a licitação até 2025. A ligação seca entre as cidades é uma reivindicação antiga da região, que depende das balsas para fazer a travessia direta. As obras do túnel têm um orçamento de cerca de R$ 5 bilhões.