Marielle e Anderson: Dino manda PF investigar as mortes


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, pediu à Polícia Federal (PF) a abertura de inquérito para apurar o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, em 2018, no Rio de Janeiro. O crime segue sem solução.

“Para ampliar a cooperação federal com a investigação da organização criminosa que perpetrou os assassinatos de Marielle e Anderson, decidi abrir uma investigação da Polícia Federal. Estamos fazendo o possível para ajudar a esclarecer esses crimes”, disse o chefe do caso no Twitter.

O compromisso de resolver o caso quatro anos depois foi uma promessa feita por Dino quando assumiu o ministério. Em seu discurso de posse, disse ser “uma questão de honra para o Estado brasileiro empreender todos os esforços possíveis e cabíveis para que esse crime seja definitivamente resolvido e saibamos quem matou Marielle Franco e quem mandou matar Marielle Franco naquele dia no Rio de Janeiro”.

No início deste mês, o ministro montou uma força-tarefa para investigar o crime. Fazem parte do grupo investigadores da Polícia Civil do Rio, procuradores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MJRJ) e integrantes da Polícia Federal (PF).

caso Mariella

Marielle Franco (PSol), então vereadora do Rio de Janeiro, e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados no dia 14 de março de 2018 e a investigação nunca foi concluída. Apenas os supostos autores do crime, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acabaram presos. Eles nunca foram levados à justiça.

Em setembro de 2022, um juiz carioca negou recurso e manteve a prisão dos dois. Na decisão, o desembargador Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Rio, também criticou os “posteriores” pedidos de liberdade.

“Mantenho, por ora, as prisões preventivas, com base nas razões já expressas na sentença de pronúncia (Anexo n.

Na cerimônia de posse, no início de janeiro, a ministra da Justiça e Segurança Pública já havia defendido a federalização das investigações, negada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2020. Anielle Franco, irmã de Marielle, é ministra da Igualdade Racial do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).