Uma mulher trans pediu ajuda à Defensoria Pública da Bahia (DPE/BA) para denunciar um caso de violência institucional. De Maria Estrela Souza, ela teria sido agredida por agentes da guarda municipal na noite deste sábado (19), próximo ao elevador Lacerda.
“Chegaram pedindo para eu sair, nem falaram comigo explicando porque eu tinha que sair. Eles usaram a força, eles me atacaram. Não depreciei a propriedade pública nem violei os direitos de ninguém. Eu estava usando o espaço público, que é meu direito”, indigna-se.
Após ser agredida, Estrela conta que procurou ajuda dos policiais, mas não foi atendida. Por causa disso, ele não registrou um boletim de ocorrência ou exame forense. Durante o plantão na sede do Plantão de Carnaval da Defensoria em Canela, o BO foi registrado por meio da Delegacia Virtual. “Aqui fui ouvida, me senti segura e encorajada a continuar na busca dos meus direitos, da minha cidadania”, disse ela após o atendimento.
Diante da denúncia, a DPE oficiou a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). O documento enviado nesta segunda-feira, 20, pede que sejam disponibilizadas cópias das imagens das câmeras de segurança instaladas no alto do elevador Lacerda.
Para o defensor público César Ulisses da Costa, que realizou a audiência e adotou as medidas cabíveis para garantir o ressarcimento, a atuação do Fiador em serviço durante o Carnaval é fundamental para garantir e resguardar os direitos violados durante a festa. “É de extrema importância acolher, auxiliar e dar suporte jurídico às pessoas que precisam durante o período de férias”, reiterou.