Em janeiro deste ano, 92 empresas entraram com pedido de recuperação judicial, medida que tem como principal objetivo postergar o pagamento de dívidas. O número representa um aumento de 37,3% em relação ao mesmo mês de 2022, quando o total havia chegado a 67, e de 87,7% em relação a janeiro de 2021, que registrou 49 pedidos. Os dados são de uma pesquisa da Serasa Experian.
As micro e pequenas empresas representam dois terços dessas 92 empresas. A lista, porém, traz 15 grandes empresas, o que é três vezes o total de empresas desse porte em relação à anterior. Casos conhecidos de recuperação judicial ocorreram nos últimos meses, como o da Americanas, em janeiro deste ano.
Segundo a Serasa, os indícios de estrangulamento financeiro das empresas surgiram no final de 2022. O ano terminou com 6,4 milhões de empresas inadimplentes, um recorde desde que a empresa iniciou sua investigação em março de 2016.
Em 2022, no entanto, o número de pedidos judiciais havia diminuído em relação a 2021. No ano passado, foram registrados 833 pedidos, 6,5% a menos do que os 891 pedidos em 2021. Com base em dados coletados em fóruns, varas falimentares, jornais e órgãos da justiça estadual.
Pedidos de recuperação pós-judicial crescem quase 90% nos 3 anos antes de aparecerem no Metropolis.