Um novo estudo, publicado na revista Human Reproduction nesta quinta-feira (16/2), mostrou que o consumo de álcool durante a gravidez, mesmo em pequenas quantidades, pode causar alterações permanentes nas características faciais do bebê.
Pesquisadores holandeses estudaram os rostos de 5.600 crianças em idade escolar usando imagens 3D. Eles encontraram diferenças entre as características dos filhos de mães que beberam álcool durante a gravidez e aquelas que não o fizeram.
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A maioria das mães que bebeu durante a gravidez também bebeu álcool nos três meses que antecederam a gravidez. A ingestão era pequena, 12 gramas por semana, o equivalente a uma taça de vinho.
O feto exposto ao álcool apresentou, quando criança, nariz mais curto e levemente arrebitado, além de discreta regressão das pálpebras sob os olhos. Essas alterações foram diretamente proporcionais, ou seja, quanto mais álcool a gestante consumia, mais perceptíveis eram as alterações faciais.
Esse efeito, no entanto, parece diminuir com a idade, já que as crianças de 13 anos apresentam características menos pronunciadas do que as de 9 anos.
Os pesquisadores apontam que, de acordo com estudos anteriores, o consumo excessivo de álcool durante a gravidez é responsável por distúrbios do espectro alcoólico fetal, que causam alterações na cognição e no comportamento do bebê.
O estudo de cientistas holandeses é o primeiro a observar níveis tão baixos de consumo de álcool. Segundo eles, a descoberta “sugere que as mulheres que estão grávidas ou desejam engravidar devem interromper o consumo de álcool vários meses antes da concepção e completamente durante a gravidez para evitar consequências negativas para a saúde das crianças”, comentam.
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