Romeu Zema e a explosão de contratos sem licitação em Minas Gerais


O governo de Romeu Zema em Minas Gerais acumula uma explosão de compras sem licitações. Durante seus primeiros quatro anos como governador, o estado desembolsou R$ 9,6 bilhões em contratos de dispensa de licitação.
O valor representa 62% a mais do que nos quatro anos da gestão anterior de Fernando Pimentel, que gastou R$ 5,9 bilhões com tais contratos.
O auge da gestão de Romeu Zema ocorreu em 2021, quando foram assinados contratos sem licitação no valor de 6,7 bilhões de reais. Procurado pela coluna, Zema se pronunciou em nota enviada pela Secretaria de Urbanismo.
Nela, o governo afirma que os dados apresentados no Portal da Transparência são “insuficientes para uma análise aprofundada do tema”. Isto, defende, “pela autonomia administrativa das entidades e entidades na realização de procedimentos concursais”.
O governo Zema também argumenta que alguns fatores contribuíram para o crescimento das compras sem licitação. Dentre elas, a decretação do estado de calamidade pública entre os anos de 2020 e 2021, na sequência da pandemia de Covid-19.
O governo de Minas Gerais cita ainda “a variação econômica dos preços e o aumento natural devido à inflação no período da pandemia e às oscilações do mercado”.
Quanto ao pico de 2021, a direção da Zema diz ter gasto R$ 4,2 bilhões com a estatal Minas Gerais Administração e Serviços SA. atividades dos 46 órgãos e órgãos do Estado por um período de 60 meses”.
O governo defende que “a negociação centralizada, por meio de contrato de empresa única, tem gerado redução de preços e maior racionalidade processual”.

O pós Romeu Zema e a explosão dos contratos sem licitação em Minas Gerais apareceram pela primeira vez no Zig Proxy.