A estiagem que deixou 191 municípios do Rio Grande do Sul em situação de emergência está prejudicando as lavouras de soja, milho e arroz, segundo o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos.
Em uma entrevista com Rádio Cnnele lembrou que o estado é um grande produtor de trigo: “Os produtores gaúchos já falam no abandono de 20% de suas áreas, pois não há água para irrigar e cuidar das lavouras”.
“Será um prejuízo não só para os produtores, mas para os brasileiros em geral, a maior parte do arroz, por exemplo, vem do Rio Grande do Sul”, acrescentou.
O especialista explicou que o motivo da seca é o fenômeno La Niña, ou o “esfriamento das águas do oceano Pacífico” e, quando isso acontece, “falta chuvas no Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina. ”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou o repasse de R$ 430 milhões para medidas emergenciais contra a seca.
Na avaliação do agrometeorologista, dinheiro é bom, mas crédito ao produtor seria o ideal.
“Esse produtor precisa de crédito para poder levantar dinheiro dos bancos, para plantar, vamos plantar trigo e aveia de inverno, e ele vai precisar de recursos, esse dinheiro ajuda, mas é insuficiente”, analisou.
Ao mesmo tempo, Marco Antônio destacou que há uma tendência de melhor precipitação neste ano, já que não haverá incidência de La Niña.
*Produzido por Isabel Campos
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