O governo de São Paulo confirmou na manhã desta terça-feira, 21, 40 mortos devido às fortes chuvas que caem desde sábado, 18, no litoral norte do estado. Uma criança morreu em Ubatuba e as outras 39 mortes ocorreram em São Sebastião, município mais atingido pelo temporal.
Entre as 15h de sábado e as 9h de domingo, choveu 27 polegadas (683 mm) na cidade, mais que o dobro da média histórica de fevereiro de 12,0 polegadas (303 mm). Com o excesso de água, a terra dos morros se liquefez e toda a lama escoou para dentro das casas, destruindo as edificações e matando pessoas.
Segundo o último boletim do governo de São Paulo, sete corpos, dois homens, duas mulheres e três crianças, já foram identificados e liberados para sepultamento. A Câmara Municipal de São Sebastião organizou uma vigília coletiva para a manhã desta terça-feira, em uma tenda montada no Centro Histórico.
As autoridades contabilizam mais de 30 desaparecidos e as buscas continuam esta manhã. “O trabalho de busca, resgate e salvamento continua inabalável na região”, disse o governo.
O último boletim informa que há cerca de 2.500 pessoas cujas casas foram danificadas ou completamente destruídas. Destes, cerca de 800 requerem hospitalização estadual. Na tarde de segunda-feira, moradores e voluntários começaram a limpar a lama das ruas e as casas.

O Fundo Social de São Paulo e a Coordenação Estadual de Proteção Civil começaram a distribuir 7,5 toneladas de doações de ajuda humanitária às vítimas das chuvas. Os insumos foram arrecadados no primeiro dia de doações para a campanha organizada pela agência.

Os municípios atingidos pela tempestade continuam sem água. Técnicos da Sabesp continuam trabalhando para restaurar os sistemas de abastecimento de água no litoral norte e na Baixada Santista. Em São Sebastião e Ilhabela, 40 petroleiros da empresa fazem o abastecimento emergencial até que os sistemas estejam totalmente regularizados.