Imperatriz Leopoldinense é campeã do grupo especial do Carnaval carioca em 2023


A Imperatriz Leopoldinense é a grande campeã do grupo especial do Carnaval 2023 do Rio de Janeiro, tendo desfilado com a história de Lampião como tema.

Este é o primeiro título em 22 anos da Imperatriz, que voltou ao grupo especial no último Carnaval. É a décima vez que recebem o troféu.

Ao todo, 36 jurados avaliaram as agremiações que desfilaram nas noites de domingo (19) e segunda (20). A leitura das notas aconteceu no Sambódromo da Marquês de Sapucaí: este ano foi descartada apenas a nota menor.

A ordem das questões divulgadas foi a seguinte: Harmonia; Trama; Bateria; Alegorias e adereços; Trajes; Samba Enredo; Comissão de Frente; Maestro Sala e Flag Waver; Evolução.

O desfile das campeãs acontecerá na noite deste sábado (25), com as seis escolas com melhor colocação. Tem início marcado para as 21h30, havendo ainda algumas cadeiras disponíveis para venda.

A Mocidade Independente de Padre Miguel foi multada em R$ 60 mil por exceder o tempo de retirada na dispersão.

Todas as escolas cumpriram o tempo estipulado e outras obrigações, sem serem penalizadas.

Cálculo

Logo no início do acerto de contas, Grande Rio, Mangueira e Imperatriz Leopoldinense saíram de linha como favoritos, levando as honras máximas nos primeiros elementos anunciados.

Em um cortejo histórico, a Imperatriz Leopoldinense se vestiu de cangaceira e carregou a história de Lampião para a avenida. A Rainha de Ramos, como é conhecida na Zona Norte do Rio de Janeiro, cantou “O aperto da cabra que os excomungados trataram com malícia e o Santíssimo não deu refúgio”.

Com o enredo do samba criado para contar a história do cantor Zeca Pagodinho, a Grande Rio conseguiu boas notas iniciais. A escola passou pela Sapucaí com o tema: “Ei Zeca, cadê o pagode? Andei descalço, carroça e trem, procurando Xerém, pra te ver, pra te abraçar, pra beber e tocar tambor”.

A Mangueira fez uma viagem às origens africanas e homenageou o Carnaval baiano fechando o primeiro dia de desfiles. Personificadas na Rainha Alcyone, as mulheres negras ganharam destaque na avenida.

Algumas escolas tiveram problemas. Pouco antes de entrar na avenida, um dos módulos do carro da ala Beija Flor pegou fogo e assustou os integrantes da escola. A Unidos da Tijuca também teve problemas, um dos carros, que exibia o Farol da Barra, capotou o monumento e desfilou pela avenida com estragos.

Nove inscrições foram julgadas sob as novas regras estabelecidas pela Liga Independente das Escolas de Samba, a Liesa. O locutor Jorge Perlingeiro, presidente da Liesa, leu, como de costume, o roteiro da investigação e as notas.

Em vez de cinco, este ano foram quatro jurados para cada item. Com isso, a pontuação total caiu de 540 para 432 no geral, ou 36 para cada escola de samba. Como resultado, esperava-se uma avaliação mais rápida do que nos anos anteriores.

Outra regra que mudou foi a disposição das cédulas. Anteriormente, para cada escola, eram descartadas as maiores e menores pontuações de cada item. Agora apenas a menor nota foi descartada.

Todo o transporte de cédulas e documentos oficiais que comprovem o cálculo foi feito em carro blindado.

A leitura das questões seguiu a ordem traçada por Liesa no início da tarde desta quarta-feira (22), começando com harmonia, enredo, bateria, alegoria e adereços, figurino, samba enredo, comissão de frente, sala principal e porta-estandarte e evolução ed, sendo este último o primeiro playoff entre as escolas.

“Evolução” seria o primeiro elemento para o desempate, se necessário.