A Polícia Militar de Mato Grosso apreendeu, nesta quarta-feira (22), o caminhão, as armas e munições utilizadas na chacina que matou sete pessoas, em Sinop, a 480 quilômetros de Cuiabá, na terça-feira (21). A Polícia Civil do Estado já identificou os suspeitos.
Os assassinatos, incluindo o de uma menina de 12 anos, ocorreram em um bar, aparentemente motivados por uma briga depois que ela perdeu uma partida de sinuca.
“Ao revistar o veículo, a equipe encontrou uma espingarda calibre 12 dentro do compartimento do motor, sob o capô. Também foi localizada uma pequena bolsa preta, contendo 14 munições calibre .40 e 14 munições calibre 12”, segundo nota da Polícia Militar do Estado, que também encontrou certidões de armas de fogo entre os objetos apreendidos.
“As forças de segurança do estado estão colaborando para identificar os suspeitos do crime, que já foram identificados pela Polícia Civil. Uma força-tarefa foi criada para buscar os autores do crime”, disse o procurador em nota.
Bandeira do governo e campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a flexibilização das regras para porte e porte de armas de fogo tem sido criticada e revista pelo atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assinou decreto limitando acesso a armas e estabelecendo o recadastramento de armas permitidas e proibidas até o final de março.
Nesta quarta-feira, o ministro da Justiça, Flávio Dino, voltou ao assunto comentando a chacina de Mato Grosso.
“Mais 7 assassinatos brutais. Mais um trágico resultado da política armamentista irresponsável que tem levado à proliferação de ‘clubes de tiro’, supostamente voltados para ‘gente boa’ (como afirma a extrema-direita)”, publicou o ministro em seu perfil no Twitter.
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