Os conselhos do agronegócio emitiram notas de repúdio condenando a Invasões de terras promovidas desde sábado (18) pela Frente Nacional de Luta Rural e Cidadã (FNL).
Foto: Rede Social Play/FLN
Chamado do grupo “Carnaval Vermelho”a ação reivindica “terra, trabalho, moradia e educação, por meio da ocupação de terrenos que já foram reconhecidos como públicos pela Justiça, mas continuam abandonados sem cumprir seu uso social”, afirma a FNL.
Em nota, o Sociedade Rural Brasileira (SRB) ele diz que “repudia veementemente as invasões de terras relatadas na região do Pontal do Paranapanema”.
“A ação desses movimentos viola o direito de propriedade e traz insegurança jurídica ao campo. Pedimos às autoridades que tomem medidas imediatas para reintegrar essas áreas e conter esses movimentos, que estão cometendo atos criminosos de invasão de propriedades privadas e áreas de produção. É inconcebível que o setor, importante pilar econômico do nosso país e produtor de alimentos para o Brasil e para o mundo, passe novamente por esses momentos de insegurança e violência”, diz a entidade.
Ainda na nota, a SRB considera o ocorrido ‘preocupante’ e entende que “é necessária uma resposta rápida do governo federal, para que o produtor rural continue avançando com segurança e garantindo emprego, renda e alimentação na mesa da população”.
A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de São Paulo (Aprosoja-SP) publicou ainda uma nota em que “condena veementemente a relativização do direito de propriedade, a destruição da propriedade”.
Nas redes sociais, o presidente da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR)Falar de invasões.
“Houve mais invasões em uma semana do que em todo o governo anterior”, escreveu.
Condeno veementemente o “carnaval vermelho”, as invasões de terras produtivas que temos presenciado nos últimos dias. Isso é um crime! O direito de propriedade está consagrado na Constituição. Em uma semana houve mais invasões do que em todo o governo anterior.https://t.co/odnD0lrbVd
— Pedro Lupion (@pedro_lupion) 21 de fevereiro de 2023
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG) ele também repudia a ação.
Em nota, o órgão diz que está monitorando invasões de propriedades rurais em São Paulo.
“A Faemg desaprova as ilegalidades no setor agroalimentar e é favorável à decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que já determinou a desocupação das terras invadidas”, afirma.
FNL e carnaval vermelho
A FNL foi criada por José Rainha, um dissidente da Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)em 2014.
Desde o início das invasões do “Carnaval Vermelho”, no sábado (18), foram invadidas fazendas em Marabá, Mirante do Paranapanema, Presidente Epitácio, Presidente Venceslau, Rosana, Sandovalina e Teodoro Sampaio, todas no interior de São Paulo.
Na cidade de Presidente Wenceslau, a justiça estadual deu prazo até sexta-feira (24) para a saída dos militantes. Se a ordem não for respeitada, a polícia está autorizada a agir.